9.14.2012

room service - francisca sousa











Francisca vive rodeada de obras de arte, no mais verdadeiro sentido da palavra, e dedica-se a elas todos os dias. Onde? No Museu Berardo, onde é registrar. Esta nortenha de berço (e coração!) confessa ter uma obsessão saudável por sapatos, a seguir às revistas, que ocupam o primeiro lugar da lista. Não consegue abdicar das paredes brancas do seu quarto, nem de lençóis de algodão. Tudo isto misturado com uma queda para tons românticos, volumosos cabelos encaracolados e um quarto sem distrações... Tcharan, chegamos até Francisca Sousa!

Vamos começar pelo princípio e fazer aquela pergunta simples: de onde és?

Nasci em Viseu, mas rapidamente vim para o Sul com os meus pais. Porém, quase toda a família se mantém pela Beira, o que faz com que eu vá lá frequentemente. Não sou uma Viseense desenraizada, antes pelo contrário.

Qual é a tua formação? 
Estudei Conservação e Restauro na Universidade Nova e terminei a minha licenciatura com um estágio no Museu do Chiado, o que acabou por me abrir portas para o primeiro emprego na Ellipse Foundation, no Estoril. Há pouco mais de um ano trabalho como registrar no Museu Berardo.

Podes explicar melhor em que consiste o teu trabalho?
A função de registrar consiste em fazer o registo de todas as exposições temporárias ou da coleção do museu, gerir e manter a base de dados da coleção, fazer relatórios de conservação, acompanhar empréstimos a outros museus... basicamente, acompanhar toda a logística que tem a ver com a movimentação ou intervenção nas obras de arte.

O que representa para ti o quarto enquanto divisão?
O quarto para mim é o descanso e o despertar. E é o lugar mais verdadeiro da minha casa, porque não tem distrações que me façam desligar de mim própria. É um lugar de silêncio e alguma contemplação. É também o lugar que alberga as minhas roupas que me são muito queridas. E é o sítio de que tenho sempre saudades quando estou longe.

O que gostas mais no teu quarto?
A minha cama e o branco das paredes, porque me acolhem.

Identificas-te com algum estilo, em termos de decoração?
Com nenhum em particular, vou gostando de coisas díspares.

Há um toque bastante girly e romântico nos têxteis, conjugados com o branco. Gostas desta combinação?
Sim, esta combinação sempre me agradou, também por ser um gosto de família, com a minha mãe e a minha avó a decorarem as casas assim.

Se tivesses que destacar apenas um objecto do quarto, qual escolherias?
A fotografia em que estou ao colo do meu pai, porque estamos muito felizes.

Gostas de fazer renovações no quarto?
Não costumo fazer, mas penso que mais por comodismo, porque cresci com a minha mãe a mudar a casa frequentemente e adorava a sensação de entrar numa casa nova.

O que não dispensas no teu quarto?
Lençóis de algodão e persianas. Não há conforto sem eles.

Tens alguma obsessão ou mania que queiras partilhar, como por exemplo... sapatos?
Sapatos, definitivamente! Só que a maior de todas são as revistas, mas que só entram no quarto uns minutos antes de dormir.

Como era o teu quarto em criança?
Tive vários quartos, porque vivi em diversas casas e foram mudando com as minhas próprias mudanças interiores. A minha mãe entendia-as bem!



© photography Sara Gomes
© text Carolina Almeida
for


Sem comentários:

Enviar um comentário